Nesta aula iniciamos a leitura do texto "Contextos de alfabetização na aula", de Ana Teberosky e Núria Ribera (TEBEROSKY, Ana. GALLART, Marta Soller. et. all. Contextos de alfabetização inicial. Porto Alegre: Artmed, 2004, p.55-70) que destaca alguns exemplos de prática bastante interessantes a serem observados e, se possível, aplicados na íntegra.
As autoras iniciam o texto relatando justamente a mudança radical que obtivemos na Educação nas últimas décadas - de uma visão tradicional e limitada à visão de construção do conhecimento e ilimitada de possibilidades. A partir de duas orientações teóricas, uma construtivista e a outra socioconstrutivista, Teberosky e Ribera relatam a importância de um novo olhar sobre a educação infantil e, consequentemente sobre os meninos e meninas que adentram às escolas com alguns conhecimentos prévios de leitura e escrita (mesmo que ainda não alfabetizados), sejam eles provenientes de suas experiências familiar ou social, estimulantes ou não. E foi com base nas diferentes combinações que as autoras apresentaram sugestões de práticas para a aprendizagem inicial da leitura e da escrita.
A diversidade de contextos de aprendizagem favorece muito esse contato inicial da criança com a realidade. Enquanto as cartilhas favoreciam uma relação solitária; o ensino atual, que utiliza diversos tipos de suportes textuais, favorece a aprendizagem contextualizada e crítica da realidade, principalmente quando há presença do adulto mediador que mantém uma relação de observação e interação com cada um deles. Nesse sentido, as autoras consideram relevantes algumas atividades como: manipular e olhar os textos oriundos da diversidade de suportes naturais, tais como livros, jornais, cartas, cartazes, rótulos; escutar a leitura feita pelo adulto; escrever em voz alta ditando a um adulto enquanto se passa por um escriba; imitar a leitura e produzir escritas, entre outras.
E para desenvolver conhecimentos sobre a linguagem escrita na Educação Infantil é citado a importância de manusear os diferentes suportes textuais para que conheçam e se familiarizem com a mensagem de cada um deles. Dentre as sugestões relatadas para essa experiência encontramos desde a comparação desses suportes às suas classificações, apoiadas ou não, pelo seu conteúdo ou pelas ações por eles realizadas. No caso dos livros que possuem ilustrações, por exemplo, são selecionados para ler, olhar e comparar, ao passo que as cartas podem ser lidas e respondidas e, a poesia lida, memorizada e recitada. Através de atividades como essas as crianças estarão desenvolvendo criticamente seu processo inicial de leitura e escrita de maneira contextualizada com a realidade que se encontram inseridos.
Por enquanto é isso pessoal. Até a próxima aula e às próximas pontuações.
Att,
Bárbara Hilda
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