segunda-feira, 8 de junho de 2009

Aula de 02/06/2009 – Contextos de alfabetização na aula – Continuação

Na aula de 02/06 precisei me ausentar devido à tendinite em meu punho direito que me afastou não só do trabalho, como também das atividades acadêmicas, porém, mesmo com toda dificuldade, recorri aos blogs dos colegas de sala e verifiquei que a aula foi uma continuidade do debate sobre o texto "Contextos de alfabetização na aula", de Ana Teberosky e Núria Ribera (TEBEROSKY, Ana. GALLART, Marta Soller. et. all. Contextos de alfabetização inicial. Porto Alegre: Artmed, 2004, p.55-70).

A discussão girou em torno dos diferentes contextos de alfabetização e das ações praticadas com os textos além dos suportes. Através de alguns exemplos de gêneros clássicos destacados pelas autoras como drama, épica e lírica é possível perceber as diferentes formas de apresentá-los aos alunos. De acordo com o lugar e o público alvo destinado podemos apresentar o drama como o exercício da atuação frente a um espectador, a épica, quando o texto é discursado a um ouvinte e, a lírica, quando cantado diante de uma audiência. Por outro lado, citam a importância das funções lingüísticas, da forma gráfica e da paginação do texto como diferenciações também importantes na identificação dos textos. Desta forma, ao favorecer o contato com uma variedade de gêneros e tipos textuais o professor estará exercitando e desenvolvendo a consciência dos alunos sobre suas práticas de leitura e de escrita.

Outra questão ressaltada são os dois maiores gêneros da linguagem, a prosa e a poesia, que possuem consciência tipográfica da escrita de forma variada. Enquanto a poesia é escrita separadamente, através de estrofes e versos, a prosa é escrita de forma linear, sem interrupção de linhas. Isso favorece não só a interação como possibilita à criança perceber e organizar os textos de acordo com a estrutura sintática que se pretende aplicar. Ou seja, para se construir o conhecimento da escrita é necessário que haja material textual adequado a sua visibilidade e não uma simples noção intuitiva do que seja essa diferença.

Dentre outros assuntos, cabe também ressaltar a importância de estimular a leitura de livros desde a Educação Infantil para que se adquira o hábito e, a partir do acesso a palavras não-familiares e de maior grau de dificuldade, as crianças tenham um aumento de seu vocabulário e compreendam melhor os textos que vierem a ter contato posteriormente.

Enquanto que, ditar a um adulto colabora com a produção do estilo formal de linguagem da criança, ensinar a fazer perguntas, segundo Palincsar e Brown (1984), ajuda na compreensão do que é lido e aumenta a porcentagem de questionamentos quando estimulados nesse processo pelo tutor humano auxiliador.

Insistir na tarefa de escrita dentro da alfabetização significa utilizar todos os meios possíveis de interação com a turma para que se façam leitores da escrita do outro. Ao compartilhar conhecimentos e relacionar o oral, a escrita e a leitura, as duplas, por exemplo, podem buscar soluções para as questões de convencionalidade da escrita como o vídeo – Atividade de escrita com lista de frutas – divulgado pelo professor em seu blog www.taelp.blogspot.com e, agora, incorporado ao meu, como forma de exemplificação dessa reflexão.

Fica claro então que para Teberosky e Ribera essa aprendizagem em ação significa tornar clara a função dos suportes materiais e dos textos para que se cumpram os objetivos e, interagir com os alunos, significa interpretar, ensinar a direcionarem o olhar, apreender um novo vocabulário e utilizar todas as ferramentas pedagógicas possíveis que possibilitem a conceitualização e a participação efetiva da criança.


Fonte: http://recantodasletras.uol.com.br/humor/644235 - O que é verso e o que é Prosa


Nenhum comentário:

Postar um comentário