sábado, 20 de junho de 2009
Aula de 16 e 23/06/2009 – Perspectiva Sociolingüística – Continuação
Nesta aula continuamos a leitura do texto "Práticas de linguagem oral e alfabetização inicial na escola: perspectiva sociolinguística", de Erik Jacobson (TEBEROSKY, Ana. GALLART, Marta Soller. et. all. Contextos de alfabetização inicial. Porto Alegre: Artmed, 2004, p.85-98).
O debate iniciou com algumas observações feitas pelos alunos a partir da leitura do texto. Exemplos como as histórias do Cebolinha e do Chico Bento, personagens da história da Turma da Mônica na revista em quadrinhos, podem ser utilizados dentro de um contexto diferenciado.
Não basta falar que está errado o jeito como um ou como o outro fala. Explique às crianças que nossa fala possui diferenças lexicais e que variam de acordo com a cidade ou local que se está inserido. Um exemplo bem próximo a todos e de fácil compreensão a ser utilizado em sala é o aipim que, enquanto no RJ chamamos assim, em outros lugares o chamam de macaxeira e outros, mandioca.
Como sugestão de atividade, o professor citou que poderia, em uma aula, trabalhar em cima de situações-problema do cotidiano refletindo o que é adequado e o que não é adequado utilizar na língua escrita. Outra sugestão de atividade foi a de montar peças de teatro a fim de facilitar a comunicação entre a turma.
Remetendo-nos ao texto, o autor relata que a alfabetização e a identidade social surgem ao mesmo tempo, e as habilidades necessárias para manejar essa identidade social, através do uso da escrita, são mais complexas e não se reduzem a saber simplesmente um manejo de regras sobre as letras (p.85). E, por esse motivo, alguns investigadores utilizaram o termo “múltiplas alfabetizações” para descrever as muitas formas nas quais podem ser organizadas as práticas de leitura e escrita (p.86).
Ou seja, mais do que uma perspectiva universal da alfabetização, precisamos ver a alfabetização como uma prática específica (p.86). Isso significa que a observação, o contato e a interação com a escrita, dentro de qualquer ambiente social, seja ele familiar, escolar ou religioso, contribuem para que a criança perceba e forme sua identidade social e cultural.
Vale também lembrar que, às vezes o que é valorizado em uma região não é valorizado na outra, ou que uma determinada comunidade não compartilhe com o mesmo conjunto de práticas letradas. É claro que nos casos das crianças que tem o acesso semelhante à linguagem utilizada na escola terá mais facilidade do que o que não tem. Isso não significa que tal aluno precisa ser taxado como deficiente ou problemático, mas é preciso dar melhores condições para que desenvolvam o seu potencial no mais alto grau que possam.
Então até a próxima pessoal!
Abraços,
Bárbara Hilda
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