domingo, 17 de maio de 2009

Aula de 05/05/2009 – Reflexões do texto Processos Iniciais de Leitura e Escrita




Essa aula foi, até agora, uma das melhores! Talvez porque as discussões foram mais voltadas à prática; o que, a meu ver, são mais interessantes tendo em vista nossa formação no final desse semestre.

Assim que o professor começou a discutir sobre habilidades linguísticas e cognitivas e seu entrelaçamento no processo ensino-aprendizagem percebi o quanto, de fato, produzimos instantaneamente as imagens em nossa mente. Ou seja, à medida que se constrói alguma frase ou se ouve a palavra, a criança adquire uma habilidade linguística; isso significa que pensamos, imaginamos e produzimos instantaneamente tudo aquilo que visualizamos diariamente.


E o mercado da propaganda tem se aproveitado exatamente dessas habilidades e se mostrado, cada vez mais, recheado de metonímias. Por este motivo, faz-se necessário trabalhar com as crianças comparações e semelhanças, justamente para que elas identifiquem algo antes de pedir. Ao comprar, por exemplo, um biscoito recheado será que a criança compra pela marca ou pelo produto/conteúdo da embalagem ou será que sua escolha por trakinas (uma das marcas mais preferidas pelas crianças) é porque adoram o sabor do biscoito em si?


Após essa exemplificação, alguns colegas relataram exemplos de prática. Primeiramente, uma aluna relatou um fato interessante que ocorreu com ela mesma em uma turma de Educação Infantil. Ao recontar histórias infantis através de peças teatrais observou que todas as meninas queriam ser a princesa da história e, aquelas que acabavam não sendo escolhidas, choravam muito.


Outra experiência foi a do Daniel que, a partir de sua reflexão com o grupo, sugeriu atividades teatrais utilizando os jogos como RPG, por exemplo, que desenvolvem a fala e a linguagem constantemente a partir da variedade de interpretações que a criança pode realizar.

Foi altamente contributiva essa aula porque pude perceber o quanto a criança avança em sua aprendizagem quando o professor reflete mais sobre sua prática e quando desconstrói certos conceitos impregnados e inerentes em nossa história. Propostas como o reconto de histórias infantis que desfazem os rótulos e as imagens são ótimos recursos a serem melhor explorados em nossa prática.

E é exatamente esse o meu objetivo: fazer o leitor refletir e se situar que, mesmo não tendo muitos recursos em sua prática, precisa estar em sintonia com seu desejo de mudança. E será através desse desejo que poderemos, futuramente, romper com certas visões limitadas e favorecer a compreensão da diversidade.

Um comentário:

  1. A reflexão continua bem centrada no foco das discussões em nossas aulas. É extremamente fundamental a participação dos diversos sujeitos nas aulas. Quando isso acontece, o enriquecimento é muito maior e ganham, principalmente, os que estão aprendendo. A falta de participação, muitas vezes, pode se dar por falta de conhecimento do assunto que está sendo debatido (leitura dos textos), dificuldade de relacionar teoria-prática e provável indisponibilidade de contribuir para o debate. Mas, por outro lado, quando as contribuições aparecem, o foco centrado no professor (visão tradicional de ensino/aprendizagem) se desconstrói e se direciona para os aprendentes!! Continue fazendo estas reflexões e, a partir do modo como as elabora, socialize com outros colegas no sentido de auxiliá-los, se possível. Abs

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